Gestão da mudança: Os Segredos do Sucesso
Colunista: Sérgio Lopes
Sem dúvida alguma, MUDANÇA hoje é palavra-chave no contexto empresarial e organizacional.
As Organizações implementam mudanças para sobreviverem, competirem, permanecerem, vencerem, liderarem e
até mesmo nas formas de administrar seus colaboradores, promovendo-a por meio da adoção dos mais variados modelos de instrumentos de gestão, tais como:
Nós complementamos: Mudar é preciso para garantir o alinhamento aos novos tempos, padrões e desafios da nova realidade conjuntural, ambiental e organizacional, sendo que as mudanças, neste sentido, para atingirem seus objetivos precípuos, devem se processar em vários níveis, a saber:
-
Da identidade
: mudanças de visão, estratégias, de produtos, de mercado e no nível mais extremado, até dos “donos” do negócio. - Das relações: modelos de relacionamentos internos identificados através de pesquisas (clima organizacional) ou de observações do comportamento das pessoas dentro da organização.
- Dos processos: fluxos produtivos, insumos, layout, logística, informações, ciclos de produção.
-
Dos recursos
: tecnologias, maquinários, imóveis, propriedades, etc.
Entretanto, apesar de muitas vezes necessárias e cruciais não só para a sobrevivência, mas, principalmente para o desenvolvimento e prosperidade da Organização, as mudanças sofrem resistências, que podem ser creditadas a diferentes fatores, tais como:
É fundamental para o sucesso das mudanças organizacionais que os gestores que liderarem este processo entendam e aceitem o fato de que o processo de mudança mexe com a cultura organizacional vigente e com o imaginário e as energias básicas de seus membros, seres humanos, tanto no nível individual, como no nível coletivo.
São, em síntese, três grandes variáveis que são afetadas pelas mudanças nas Organizações: ACULTURA ORGANIZACIONAL: por meio dos impactos causados na Visão, nos Princípios e Valores internalizados e arraigados ao longo do tempo; as PESSOAS: pelo fato de exigir novos comportamentos e atitudes e os PROCESSOS: como reflexo das alterações introduzidas na estrutura organizacional, nas atribuições das áreas, no processo decisório e nos sistemas de trabalho.
Sob este prisma, cabe-nos observar que um processo de mudança organizacional deve contemplar não só os impactos causados no trabalho, nos níveis de processo, fluxos, informações e recursos, mas, também, e principalmente, os impactos nas pessoas, buscando fortalecer os aspectos de: Identificação com a organização,
- Motivação,
- Comprometimento, Engajamento e
- Segurança.
Esta constatação, no remete à seguinte questão: POR ONDE COMEÇAR?
De imediato, encontramos a resposta que nos parece ser a mais adequada e com a qual trabalhamos intensamente. A MUDANÇA por ser um processo de transformação deve ser iniciada pelo planejamento e posteriormente, durante sua implantação, deve ser objeto de um eficaz gerenciamento.
Em suma, a MUDANÇA, da forma como a vemos, deve ser planejada e gerenciada.
Perguntas dos tipos: Por que mudar? O que mudar? Quando mudar? Quanto mudar? Como mudar? Quem fará a mudança? Quem fará parte da mudança? Qual o custo previsto da mudança? Quais os problemas potenciais que poderão ocorrer e como poderemos supera-los?devem ser formuladas, discutidas, avaliadas e respondidas pelos Gestores da Mudança, responsáveis pelo Gerenciamento da Mudança, que para ser eficaz, deverá ser permanente, mensurável, proativo, qualitativo e construtivo.
O gerenciamento da mudança quando executado de forma planejada e transparente fortalece os pontos fortes do processo de forma a superar as eventuais dificuldades que surgirem ao longo do seu caminho.
Entretanto, por melhor que seja o Gerenciamento da Mudança, seus gestores não deixarão de enfrentar os tradicionais problemas potenciais envolvidos numa mudança organizacional, dentre os quais destacamos:
- A ação do imponderável com suas variáveis fora do controle interno da Organização,
- Os efeitos das resistências internas, nem sempre visíveis ou declaradas, e
- A demora na obtenção dos resultados prometidos, que poderão acarretar perda de foco e diminuição do comprometimento das pessoas com a mudança em si.
Geralmente a demora na obtenção dos resultados, transforma a empolgação da mudança em desânimo e a confiança em descrédito, até que os resultados e os benefícios da mudança começam a aparecer aos olhos de todos, promovendo, então, a reversão do processo de descrença, trazendo, mais uma vez, ao topo a motivação, a empolgação e a confiança na mudança em andamento na Organização.
Para evitar a ocorrência deste ultimo problema potencial citado, recomendamos que o planejamento do processo de mudança de qualquer Organização sempre que possível contemple o atingimento de metas nas três dimensões temporáis: No curto prazo, no médio prazo e no longo prazo.
Quanto mais cedo surgirem resultados das mudanças que estão sendo introduzidas na Organização, mais fracos se tornam os focos de resistência e maiores são as adesões ao processo “que está dando certo”.
Entendemos, por fim, que não há mudança se os novos processos não se consolidarem em novas atitudes e novos comportamentos das pessoas, que se espelham em seus lideres e, portanto, reagem muito mais à prática (ao que vêem) do que ao discurso (ao que ouvem).
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